segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Serenata!

"Sentes que um tempo acabou,
Primavera de flores adormecida.
Qualquer coisa que não volta que voou,
Que foi um rio, um ar na tua vida.
E levas em ti guardado
O choro de uma balada,
Recordações de um passado,
O bater da velha cabra.
Capas negras de saudade,
No momento da partida.
Segredos desta cidade
Levo comigo para a vida.
Sabes que o desenho do adeus
É fogo que nos queima devagar
E, no lento cerrar dos olhos teus,
Fica a esperança de um dia aqui voltar"

Ouviu-se. Sentiu-se. Ecoou. Mexeu. Fez pensar. Trouxe recordaçoes. Trouxe memorias. Trouxe tudo ao de cima. Acabar a serenata com esta musica foi algo do culminar de uma noite de fados em que o negro era visivel pela cidade. Capas traçadas em nome de objectivos e desejos. Chorei. Nao minto, nao nego. Se fosse hoje voltava a chorar. Se fosse amanha ou daqui a meses era exactamente igual. Esta musica mexe tanto comigo que não consigo encontrar as palavras certas para poder expressar o que vai cá dentro nesse exacto momento. É mais forte do que eu.
A partir daquele momento, ficou a sensação que faltam apenas 3 para tudo acabar...


Espero pela proxima...pelos proximos acordes...pelos proximos sons...

1 comentário:

Joana disse...

Embora também adore essa música nós estamos na Covilhã e não em Coimbra.
Já é tempo de se fazerem coisas novas e inspiradas na nossa cidade para que não continue a ser ignorada.

Quanto à cidade estar repleta de capas negras, sim, isso é verdade mas infelizmente muitas delas não estavam traçadas.
Infelizmente continua-se com a ideia de que lá por não estudarmos em Coimbra não temos que seguir as tradições académicas...

Beijo jectura