quarta-feira, 14 de maio de 2008

Não consigo ainda perceber nem aceitar o facto de como tudo aconteceu. O facto de teres “ficado” junto ao verde que rodeava a tua casa…sem teres dito nunca Adeus…sim “na tua ultima viagem não nos disseste adeus…”
E passado um ano tanto aconteceu…acontecimentos importantes para mim que tu tiveste que assistir de outro sitio completamente desconhecido para am inha pessoa. Apenas consigo acreditar e aceitar que estarás num sitio melhor rodeado daqueles que tu viste partir…
“os dias vão correndo e a saudade é maior” e desde aquela noite que tem vindo a ser sempre assim…dia-apos-dia. Momento apos momento. Lagrima apos lagrima.

“tua alegria não será esqucida
sabemos que não queres tristezas entre nós
és um exemplo para agarrar a vida”

Sempre pediste isto aos que te eram mais chegados. Assim foi e será sempre assim…pelo menos quando estamos todos a dividir o mesmo espaço e quando os momentos são feitos por todos nós.
Considero-me uma pessoa com sorte. Tenho exemplos suficentes de vida. Tu eras e és uma dessas pessoas. Sempre com aquele espirito lutador. Sempre que a vida te pregava partidas conseguias sorrir-lhe sempre de tal forma que nada te deitava abaixo.

“Só as lembranças que doemOu fazem sorrir” é que deixam saudade. E todos aqueles nossos momentos deixaram mais que isso. Deixaram um vazio dentro dos nossos coraçoes. Não sei explicar. Sempre que falo de ti, cai sempre uma lagrima. Fica sempre olhar triste e perdido pedindo que voltes.
“São emoções que dão vidaà saudade que tragoAquelas que tive contigoe acabei por perder”

“Há dias que marcam a alma(..)e aquele em que tu me deixastenão posso esquecer” Aquela tarde. Aquela raiva a fervilhar dentro de mim. Ver todos ali. Vestidos de negro, com os olhos vermelhos carregando trsiteza e dor dentro de si. As flores que te rodeavam. A falta que me faltou. O não conseguir ir ver-te pela ultima vez mas eu só queria ficar na memória aquela ultima visita que te fiz na tua casa onde na hora da despedida, docemente, me disseste “não demores muito a voltar cá, não?”. Demorei. Demorei tempo demais a voltar lá. Quando o fiz já era tarde demais e nada era igual ao que foi. Voltei a senti-te perto de mim naquele dia. Tu de olhos fechados para o nosso mundo e nós de olhos postos em ti. Ver-te naquele pedaço de madeira custou tanto mas tanto. Apeteceu-me gritar dizendo que nada daquilo era real. Que estava no pior dos pesadelos. Mas não. Eu senti-o demasiado bem. Fiquei com o coraçao tao mas tao pequenino. Passei a tarde toda a chorar e sem dizer uma única palavra (”meu choro de moça perdida gritava à cidade”).Não queria simplesmente acreditar…Fica na memoria aquele pôr-do-sol em que dissemos Adeus! Não, não foi para sempre porque um dia iremos encontrar-nos. E aquela terra caiu,também, sobre cada um de nós.

Depois desse dia tive a certeza que “nunca mais vou poder esperare então ver-te sorrir”. Posso fazer isso sim no silêncio do meu amor juntamente com as recordações.

Levaste-nos contigo. Tenho a certeza. Se assim não fosse não terias partido da forma que partiste. Não terias ido de alma e coração. De consciência tranquila deixando todo o amor espalhado em partes de nós. Ainda hoje sei que me acompanhas por todos os lados e me ouves sempre que falo para ti. Como sempre foi.

Só pedia mais um minuto contigo…para te dizer o quanto te amo.

2 comentários:

Rita disse...

fantastico

mae e filha sp..até aqui

bjs adrt

Anónimo disse...

É incrivel o orgulho que tens dele!
=)

Beijo
Asoro-te