segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Coloco o som no máximo. Começam os acordes da música que um dia me mandaste dizendo “acho que vais gostar. É a tua cara”. Gosto da música. Gosto da banda. Gosto da energia que transmite. Cada vez que a oiço lembro-me, inevitavelmente, de ti. Mas hoje tudo o que queria era esquecer-me de ti. Hoje que só me apetece chegar ao pé de ti e dizer-te tudo o que vai na alma, sem que me interrompesses, dizer-te tudo de uma vez só. Sem rodeios. Sem medos. Sem nada. Olhos nos olhos. Quebrando lentamente, ao inicio, o silêncio que nos acompanhava. Chegar ao fim, respirar fundo e poder ouvir-te (isto é, se tivesses alguma coisa a dizer). A música parou mas tu continuas a passear nos meus pensamentos. Fizeste isso a tarde toda. Cansei-me de jogar o jogo do rato e do gato. Sentei-me. Vou aguardar. Aviso-te desde já que não vou ficar aqui eternamente. Aprendi que o eternamente (ou o para sempre) é demasiado tempo e nunca (ou quase nunca) é realmente verdade.

Por favor não acredites nem me faças acreditar em meras ilusões!

2 comentários:

SF disse...

Vai lá, senta - o e amarra - o ás tuas palavras. Diz lhe que tem que te ouvir e não o deixes abrir a boca. Acredita, durante uns meses vais estra livre de fantasmas...
Beijinhos

Rita disse...

o eternamente é enquanto dura

é só aproveitar o eternamente

beijo